Neste post contarei aquilo que eu vi, que me foi interessante, na minha passagem pela Bolívia.
Pra quem mora ao nível do mar, a altitude realmente faz diferença. O aeroporto de El Alto é é mais alto do mundo, está localizado a mais ou menos 4.100 m de altitude. Assim que cheguei senti a diferença, é como se a cabeça e os pulmões apertassem, a pressão é grande no tórax, e a gente parece flutuar ao sair da aeronave. Já se sentem coisas estranhas, talvez um leve enjôo no vôo.
Nao fui direto pra Bolívia. Antes da viagem fiz várias rotas, pensei, inclusive em chegar por La Paz ou Cochabamba ou Santa Cruz de la Sierra, mas nao vi vôos diretos pra La Paz com facilidade, então minha escolha foi fazer SP x Cusco, chegar em Cusco e dormir uma noite, saindo no dia seguinte para La Paz. Achei uma boa ecolha, tendo em vista a altitude (mais ou menso 3.400 m em Cusco). Esse primeiro dia serviu justamente para descansar e acostumar com o novo clima.
A viação barata foi a Aerosur U$92, Cusco pra La Paz.
até que o lanchinho foi gostoso! Mas sempre um remédio de dor de cabeça do lado rsrsr.
El Alto é uma cidadezinha próxima a La Paz, por isso foi acertada a ideia de aceitar o transfer do aeroporto até o
hotel Rosário de La Paz, que fica numa ótima localização, a umas duas quadras, no máximo do Mercado das Bruxas, fui a pé umas duas vezes.
desaiuno (café da manhã)
A cidade é meio caos, há poucos sinais de trânsito e os carros andam como querem. Tudo que ouvi sobre os bolivianos me assustou, tome cuidado, eles assaltam e tudo mais. Conhecidos que foram a Santa Cruz de la Sierra disseram que lá é mais perigoso nesse sentido. As histórias que ouvi contaram que pessoas de disfarçam de policiais, te pedem seu passaporte, mandam voce entrar num carro como se fosse necessário ir à delegazia e na verdade te assaltam. Então eu logo reparei no aeroporto mesmo como eram as roupas dos policiais verdadeiros (verdes) e se alguém me abordasse com uma “farda” diferente, já estava pronta para correr, rsrsr. Comigo, graças a Deus, nada aconteceu nesse sentido, mas confesso que nao fiquei dando mole pelas ruas. Fui mesmo a pé até o mercado e os outros passeios foram de carro contratados dentro do hotel, com a Turisbus. Eu preferi assim, mas há diversas agências espalhadas pelas ruas, inclusive na rua do hotel vi várias e os turistas contratam aonde vêem um bom preço pros passeios. Há albergues em conta e este hotel foi num valor muito em conta também, considerando sua localização e conforto.
Uma curiosidade é que a maioria dos prédios não é pintado e nem finalizado, ficam nos tijolos, porque quem pinta a casa paga mais imposto. A maioria nao pinta e a cidade fica com um aspecto de inacabada de alguma forma, olhe a foto abaixo, vc vê tudo laranja, cor dos tijolos.
Dia 01 e 02/11 são dias de los muertos e todos os santos na Bolivia e há festas típicas por uma semana. É uma semana de festas, diferente do Brasil, que as pessoas ficam tristes, lá as pessoas fazem festa para os mortos. A tradição é que, no final do dia 02 começam as comemoraçoes, as pessoas vão aos cemitérios e sobemm nos túmulos, juntam-se em rodas no chão, dentro e perto dos cemitérios fazendo altares com a foto do morto, colocam pães e doces, feitos por eles mesmos e tocam violão, bebem cerveja (paceña) e oferecem aos mortos esses pães e doces que eles gostavam em vida, uns dizem que é oferecido e é como se os mortos viessem comer, outros dizem que podem comer do que oferecem. A cidade fica em festa e os cemintérios também! Faltam pães nas padarias e nos dias que se seguem os pobres pegam pra eles.
Na Bolívia as senhoras casadas costumam usar um chapeuzinho e é normal elas usarem essa roupa típica e saião. Os bebês são, normalmente, carregados nas costas.
O chá de coca voce deve tomar por causa da altitude, mas no máximo 3 ou 4 por dia. Tem as balas e as folhas para mascar também. As folhas sao as que fazem efeito mais rápido. Teve um dia em que eu estava no mercado das bruxas e passei mal, fiquei tonta, alguém me deu folhas para mascar e realmente melhorei bem rápido.
A maioria dos bolivianos é católica mas existe um sincretismo religioso com a religião inca, eles fazem altares para os deuses e os Andes sao como deuses, a terra, chamada de Pachamama, é um deus e o condor tambem. Eles fazem altares e colocam pedras, as pedras sao como se fossem os pecados a serem perdoados. As grandes, grandes pecados, e assim vai.
um altar a Pachamama no Valle de la Lunna. O passeio dura a tarde toda e englobou o Valle, o mirante, vista das ruas e monolitos pela cidade (de carro e a pé), um museu de música e terminou no Mercado das Bruxas (e custou 30 dólares, ou 205 bolivianos)
Quanto ao mercado das Bruxas posso explicar mas vi que esse
blog explica tudo direitinho e tem fotos sobre o mercado das bruxas, detalhado.
Experimentei carne de alpaca (lhama + bicuña). Muito boa, parece carne de boi.
Tiwanako é cheia de mistérios, ainda nao está totalmente escavada,é muito caro, disse o guia e lá fica o monolito, que nao podemos tirar foto, mas tem uma réplica no centro da cidade, gigante, que tem nele muitos desenhos que também são um mistério, tudo são especulações do que significam, mas vê-se pelas maozinhas desenhadas que são como dois seres de lado.
Há ainda muitos arqueólogos escavando e estudando, nao há muito entendimento ainda do que significam os monolitos e as ruínas. Este é o portal do templo del sol, como tantos outros pela Bolivia e Peru, mas este, no dia 23 de junho (se nao me engano), no equinócio ou solsticio (nao sei), o sol passa por aquela porta, onde esta aquele monolito (eu tirei a foto bem na direção) e é algo mpagico para eles de alguma forma.
No caminho da volta do passeio abistamos uma lhama, paramos para chegar perto e fotografar. E eu conquistei a lhama!!
A viagem a Coroico não vale tão a pena. Eles acham Coroico um lugar maravilhoso (nao é), pois muitos costumam ir passar feriado lá, por ter cachoeiras e tudo mais. O interessante é que o caminho passa pela estrada da morte. Tem esse nome porque até uns 7 anos atrás era o único caminho para aquela direção e simplesmente tinha o tamanho e largura para passar (ainda tem) um só carro ou caminhão, mas era ida e volta, então muitos morriam naquela estrada, por toda a estrada vêem-se pequenas homenagens a quem morreu ali. Hoje, já há uns 7 anos, a volta é feita por outro caminho.
Este é um altar ao condor, no caminho da estrada da morte.
e esta ao fundo é a própria estrada.
Este passeio pode ser feito de bicicleta também, mas eu optei por fazê-lo normalmente de vã. Ele dura o dia inteiro.
Ao ir pra estrada da morte subimos um pouco e o frio aumenta, continuando a viagem descemos até uns 2.500 m de altitude, o que faz muito calor! Levem biquini pois tem cachoeiras e roupas leves para quando encontrar com esse calor.
lá em Coroico, na pracinha vi de perto uma plantação de folha de coca, pelo menos foi o que o guia me falou:
Os bolivianos são um povo muito carinhoso, tratam muito bem os turistas, vivem muito disso.
O guia comentou que cresce o número de cristãos evangélicos lá, vi muitas igrejas espalhadas, de várias denominações.
Na Bolívia e no Peru, a temperatura sobe e desce rápido, por isso voce leva a blusa de frio a tira-colo,mas toda hora tira, pois, apesar de estar 10 graus lá fora, o tempo é seco. E não é como o frio do Brasil (nos lugares em que eu jpa visitei, como Domingos Martins no ES ou Gramado no RS), que quando estã 10 graus estamos cheios de roupas por baixo. Levei muitas roupas de frio mas usei basicamente nos 14 dias de viagem dois caacos, um leve e um pesado. Usei uma ou duas vezes só, a noite, uma blusa antitermica que comprei na Lupo, por baixo da roupa pra aquecer.
Copacabana ficou pra outro post!
Quer procurar hotel na Bolívia? utilize o
Booking. Clicando neste link, você não paga nada a mais por isso, mas dá comissão para o blog. Obrigada.
(não se esqueça de validar a inscrição clicando no link que você vai receber no seu email)