Aula Particular de Pão com a vovó Heny

Vocês já sabem que eu estou aprendendo a cozinhar. Neste link de Gastronomia eu falo sobre restaurantes pelo mundo e também dos meus cursos de culinária. Estou precisando atualizar, mas isso vai acontecer naturalmente com o tempo. Odeio quando ficam se justificando nos blogs e se explicando. Deixa acontecer. Quem acompanha vai ver as atualizações!

Hoje, em meio a uma fase de stress e situações particulares difíceis, eu tive um dia de prazer com minha avó Heny. Decidi, há um tempo atrás, aproveitar ao máximo o tempo que eu tenho para estar com minha família e curti-los.

Quando eu era criança, me lembro muito de todo o tempo que passávamos na casa da vovó. Era maravilhoso. Éramos 4 netas mais velhas. Eu sou a neta mais velha da família e meu pai o filho mais velho de uma família descendente de italianos, da qual o meu trisavô Domenico veio de Arzignano, na Itália, possivelmente para Alfredo Chaves, aqui no Espírito Santo.

Isso tudo eu comecei a descobrir desde que estou pesquisando sobre a cidadania italiana, que agora já tenho regularizada. Qualquer dia faço sobre isso da minha família. A idéia é visitar a Itália novamente e ir até onde meus antepassados (agora que eu sei) moraram! Quando eu fui à Europa e morei por um mês na Itália, em Maio do ano passado, eu não sabia desses detalhes, que me foram revelados aos poucos até o momento. Nem vovó sabia onde o bivô Hermenegildo, pai dela, tinha nascido; consegui essa informação no consulado italiano no Rio de Janeiro há pouco tempo.

Pois bem, quando eu era pequena e passávamos bastante tempo de férias na casa da vovó, a gente sempre fazia muitas coisas legais, pois vovó Heny é uma artista/artesã. Ela sabe fazer com muito capricho muitas coisas.

Lembro que a gente pintava as pedras e depois esperava secar e arrumava dentro da casa dela. Fazíamos velas coloridas, organizamos coisas de natal, pintávamos cascas de ovo, brincávamos de dançar e apresentar aos adultos as dancinhas e também costurávamos e fazíamos tricô e crochê! Tenho as linhas até hoje, vovó ensinou direitinho. Além de pintar quadros e panos de prato.

Minha outra avó, mãe da minha mãe, vovó Elza, era costureira e também me ensinava muitas coisas e fazia um biscoito de polvilho maravilhoso! Essa vovó já está no céu desde 20/12/2000.

A gente também ía pro sítio do vovô Raul e fazíamos tortas, bolos e pães, com um forninho que mamãe havia me dado de presente.

Pois eu preciso resgatar isso, já que eu não dei continuidade no prazer em cozinhar, na época.

Animei e passei uma manhã muito gostosa e engordante (como ela mesmo disse no facebook, sim, vovó tem facebook!! e curte, compartilha e comenta tudinho!!). Hehehe.

Foram momentos prazerosos e particularmente que nunca me esquecerei. Foi uma aula particular mesmo! Com a diferença de que estava na casa da vovó, me recordando dos momentos de toda uma infância maravilhosa que Deus me proporcionou ter nessa família.

Aprendendo a fazer massa para pão doce, salgado, esfiha, pizza e o que mais você pensar em fazer com a massa.

Usamos a massa que eu fiz para fazer um pouco de cada coisa a fim de eu aprender.

– 2 colheres de sopa de fermento biológico;

– 3 colheres de trigo (um pouco de trigo na verdade);

– 3 colheres de açúcar;

– 1 colher de sal;

– 1 pequena xícara de café com óleo.

– 1 copo e dois dedos de água quente.

Pegue um copo (pode ser daqueles que você guarda após um requeijão) com água filtrada e mais dois dedos de água e leve ao fogo apenas para quebrar a friagem, não deixe ferver, só esquentar um pouco e coloque na mistura de fermento, trigo, açúcar e sal. Depois coloque a xícara de óleo. Vá misturando e acrescentando trigo e mexendo, até que você veja que já dá para amassar a massa em cima do mármore da pia.

Salpique trigo e vá amassando a massa e deixando o trigo entrar, até que tenha utilizado mais ou menos 1kg de trigo.

Depois joga umas três ou quatro vezes no mármore para sovar, ou seja, tirar o ar de dentro da massa. Depois coloque para descansar e ela vai ter que crescer e virar o dobro. Pra nós, iniciantes, você coloca uma bolinha da massa na água e quando ela subir, está bom! Isso pode durar até uma hora e meia ou mais. No calor é mais rápido, no frio, demora mais.

Para fazer o pão de sal (é assim que o capixaba chama o pão “francês”, ok? Pão de sal 🙂 ) é isso, quando a massa estiver descansada você pode passar o rolo , ou um copo na massa e enrola-la ou deixar o pão como quiser, fazer uma trança com ele, etc.

Para fazer o pão doce, há várias formas e uma é: misture manteiga com canela e açúcar, abra o pão com o rolo e passe essa mistura com a colher, depois enrole o pão e corte-o no meio e aí coloque-o de ladinho num pequeno tabuleiro, pois ficará bonitinho.

ANTES

DEPOIS

Para finalizá-lo, coloque três colheres de sopa (para esse pãozinho, você tem que adaptar pro tanto que está fazendo) e leite e de açúcar no fogo e derreta. Jogue em cima do pão assado e volte com ele pro forno um pouco. Fica assim, como na foto acima.

Para fazer a pizza, só colocar pra assar uns 7 a 10 minutos redondinha e tirar, pois é só um pré-assado, depois você faz sua pizza e coloca no forno de novo.

Para fazer o recheio da esfiha: pegue carne moída crua e misture com cebola em brunoise e tomate também em cubinhos.

Olha como cortar a cebola em bronoise:

Esse acima é uma pimenta do reino que também coloquei na mistura. Só abrir a massa e colocar a mistura da esfih. Espere de 15 a 20 minutos ainda a massa com a mistura descansar e leve ao forno.

Esses são os pães de sal, que você pode rechear como quiser. Eu recheei com linguiça calabresa, que vovó cortou pequenina e jogou com um pouco de manteiga e massa de tomate no fogo pré-cozinhando.