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Se tem um destino que eu quero visitar é a Ilha de Páscoa. Acho incrível que as civilizações passadas não consigam explicar o que tem lá e de onde veio. Os moais, que vimos no National Geografic desde sempre! Também achei incrível ir para Machu Pichu e Tiuwanaku, onde não há como explicar os totens de pedra ali já que não há árvores para transportá-los para todo lado e não se sabe de onde foram feitos.

A Fernanda do blog Ta indo pra onde? foi! E eu a convidei para dar as dicas e fazer um resumão da viagem dela aqui, já que todas as dicas estão no blog dela (e futuramente, quando eu for, também trarei minha visão e as dicas aqui no blog). E com a palavra a minha amiga Fernanda (que eu já conheço pessoalmente) para falar sobre a Ilha de Páscoa!
“Quando a Melissa me pediu para escrever sobre a Ilha de Páscoa, eu aceitei na hora porque AMEI esse destino mágico! Eu sempre fui louca por História e Geografia e também pelos mistérios que ainda não foram decifrados por elas, então os moais (aquelas “estátuas” gigantes que são o símbolo da ilha) sempre me deixavam curiosa. 

Quando era adolescente vi meu primeiro moai ao vivo, na frente de um museu em Vinã Del Mar, e sempre que saía alguma reportagem sobre os mistérios da Ilha de Páscoa eu comprava a revista porque era (sou) fascinada pelo assunto.

A Ilha de Páscoa fica longe de tudo, perdida no meio do Pacífico, aproximadamente no meio do caminho entre o Chile e o Tahiti. Justamente por isso, uma passagem aérea para lá sempre foi cara e eu ia adiando o sonho. Até que no começo de 2013, a LAN (única companhia aérea que voa para lá, uma vez que a ilha pertence ao Chile) fez uma promoção e facilitou a vida de muita gente.

mapas retirados do site  (http://www.easterislandspirit.com)

A ilha não é grande e praticamente todos os hotéis e pousadas ficam na cidade de Hanga Roa – que é mais para uma vilazinha. Os restaurantes, farmácia, igreja, mercado de artesanato, correio (onde você pode conseguir um carimbo super diferente no seu passaporte) e o museu estão todos nas ruas principais ou bem pertinho (distância caminhável ou um trajeto barato de táxi). Para chegar às atrações que ficam espalhadas pela ilha, é preciso alugar um carro ou contratar tours com empresas locais.

Abaixo você vê alguns moais na encosta do vulcão Rano Raraku, que era a “fábrica” deles. Muitos moais inacabados ou quebrados foram abandonados ali.

ainda no Rano Raraku. Podemos ver apenas uma parte dos moais – um pedaço está enterrado

Ahu Tongariki é a plataforma de moai mais famosa por ser a maior – 15 moais. Foi destruída nas guerras tribais e por um tsunami e nos anos 60 foi restaurada pelo governo e por um empresa japoneses.

Não vou detalhar sobre os passeios, hotel e restaurantes porque já tem todas essas informações lá no meublog, mas posso garantir que ver aquelas estruturas gigantes (e pesadas!) ao vivo é infinitas vezes mais emocionante do que em fotos/revistas/blogs/jornais! A ilha toda tem uma magia inexplicável, além de um sol fortíssimo (leve protetor solar) e preços altos em qualquer produto que você queira comprar, afinal tudo ali tem que chegar de avião. Para facilitar a vida dos brasileiros, a moeda e o idioma são os mesmos do Chile, ou seja, todo mundo pode se virar com o “portunhol” (com a vantagem de uma paradinha na fantástica Santiago na ida ou na volta).
Olha o que comi nos restaurantes, muitos frutos do mar.
peixe com legumes, inclusive um espécie de batata doce chamada “camote”

atum (peixe mais comum por lá) com purê de choclo (uma espécie de milho) e camote frito

Eu fui no verão e o pôr do sol era super tarde (+/- 21h30), mas apesar de ser uma ilha não é um destino recomendado para quem quer curtir a praia – só tem 2 praias de areia na ilha toda! Entre os passeios tem cavernas, vulcões, passeio de barco, museu histórico, cavalgadas, vila cerimonial rapanuie muitas plataformas de moais para visitar e entender sobre os ritos e costumes dessa cultura quase extinta. Os descendentes do povo rapanui ainda habitam a ilha, mas são poucos, já que foram quase dizimados por doenças, guerras tribais e pelos colonizadores europeus e chilenos. 
Como os poucos registros “escritos” dessa cultura milenar ainda não foram decifrados, ninguém tem certeza absoluta de como aqueles moais gigantes eram transportados do local de fabricação até os altares, apesar de existirem várias teorias interessantes.

Vila cerimonial de Orongo onde eles cultuavam o homem-pássaro (http://pt.wikipedia.org/wiki/Tangata_manu)

Na cratera do vulcão Rano Kau formou-se uma lagoa maravilhosa

Ahu Akivi – a única plataforma onde os moais estão “olhando” para o mar, em todas as outras eles estão de costas para a praia e “protegendo” o interior da ilha

Eu fiquei 4 dias inteiros na ilha e acho que foi o ideal. Queria ter feito um passeio de barco por lá, mas desisti porque já estava queimada demais e não queria piorar a situação. Mas teria dado tempo sim. Para conhecer as principais atrações, existe um passeio de 1 dia inteiro e 2 passeios de meio dia.

moais na praia de Anakena, uma das 2 únicas praias de areia na ilha

 o carimbo que você pode pedir no correio
Para os amantes de História, é a melhor recomendação de viagem que eu poderia dar. Como o conhecimento sobre os rapanuis e a ilha ainda são incompletos, você sente que a qualquer momento pode encontrar a pista que faltava! E admirar um ahu (nome das plataformas na língua rapanui) transmite uma energia inexplicável – acredito que é um sinal de que os antepassados rapanui que foram representados nos moais ainda protegem a ilha.”
Quer procurar hotel na Ilha de Páscoa? utilize o Booking. Clicando neste link, você não paga nada a mais por isso, mas dá comissão para o blog. Obrigada.

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