PROGRAMA COMO VOA O BRASIL – ABEAR

Ontem foi um dia incrível para o Descortinando horizontes! Neste e nos próximos posts poderei passar para vocês, leitores, muitas informações importantes e interessantes sobre o transporte aéreo brasileiro.

Isso porque recebi um convite especialíssimo da ABEAR, Associação Brasileira das Empresas Brasileira, para ir a São Paulo e visitar a sua sede, assim também como as companhias aéreas AVIANCA e TAM, participando do programa COMO VOA O BRASIL.

Fui de TAM.

Foi um dia intenso. Cheguei cedo em São Paulo e eles já estavam me esperando no aeroporto de Congonhas. Foi um evento de apresentação do programa COMO VOA O BRASIL, organizado pela ABEAR para reunir alguns blogueiros na área de viagem e aviação. Estavam presentes:

A ABEAR também nos proporcionou, a nós blogueiros, o prazer de nos conhecermos pessoalmente após tantos contatos que temos apenas pela internet. E com o tempinho a mais que eu fiquei no aeroporto (pois o meu vôo de volta era mais tarde) ainda pude encontrar uma amiga que conheci em Camerino, quando fui estudar na Itália, em Maio deste ano – a Astrid! Foi ótimo revê-la, colocar o papo em dia, lanchar juntas no aeroporto de Congonhas após esse ótimo dia.

Astrid e eu

Começamos o dia indo até o escritório da AVIANCA e depois demos uma passada na ABEAR, almoçamos para terminarmos nosso dia conhecendo a TAM.

O Eduardo Sanovicz, presidente da ABEAR, nos recebeu muito bem, e passou um panorama geral da aviação aérea no Brasil.

Fundada em agosto deste ano, a ABEAR representa as maiores companhias aéreas do Brasil: AVIANCA, TAM, GOL e AZUL (que agora incorporou a TRIP) e seu objetivo é estimular o hábito de voar no nosso país, contribuindo para ampliar e modernizar o setor aéreo, criando e planejando programas para o benefício de todos, de forma consistente e sustentável, entrando no cenário de relacionamento com o governo, a sociedade e a mídia, sem falar entre as próprias empresas aéreas. O que também torna as companhias aéreas mais competitivas, beneficiando o usuário final: nós! Conheça a ABEAR neste link.

A criação da Associação se deu a partir de um estudo da Fundação Dom Cabral, a pedido do Sindicato Nacional das empresas aeroviárias, que já existe há 80 anos, no ano de 2011, o qual identificou a necessidade de uma reorganização da forma como as companhias aéreas dialogam com os diversos públicos, em um momento em que o total de usuários de avião já supera o de transporte rodoviário.

O Sindicato, como é seu papel, SNEA, passa a se dedicar exclusivamente dos temas trabalhistas e jurídicos, passando a Associação a cuidar dos temas relacionados à segurança e operação de voo do setor aéreo.

O programa COMO VOA O BRASIL vem para mostrar como funciona o setor aéreo a partir de suas associadas, dando a oportunidade aos profissionais que escrevem sobre o assunto de ver de perto e entender melhor a realidade desse sistema, que é tão dinâmico e, ao mesmo tempo, tão complexo. E eu me sinto lisonjeada de ter sido convidada a participar.

Eduardo disse que já existem estudos para a implantação e utilização de biocombustível nos aviões, o que transformaria (porque não dizer transformará) não somente o setor aéreo, mas toda uma economia dentro do nosso país. O combustível atualmente usado nos aviões, geralmente, significa 26 a 29% do preço da passagem aérea, sendo isso muito oscilável por ser dolarizada a aplicação do valor do mesmo. Com o biocombustível este valor além de cair e melhorar o preço das passagens, proporciona sustentabilidade e diminui até mesmo o barulho dos aviões. Imagine o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, que tem hora para fechar, por causa do barulho dos motores dos aviões, funcionando uma hora a mais por dia! O quanto isso não seria importante para a economia do estado e do país. Sendo São Paulo a capital econômica do Brasil. 

Os aviões estão praticamente prontos para utilizar esse combustível, sendo necessários poucos ajustes. Mas ainda não há previsão para que isso aconteça. Estudos estão em andamento.

Tivemos uma aula com Eduardo acerca do panorama do setor  de aviação do país, o crescimento rápido e as mudanças significativas ao longo dos anos. Pense que há 10 anos atrás não se voava como hoje. 

Me lembro de quando pequena voar com meus pais. Voar era muito chique. Comprar uma passagem aérea somente numa agência de viagens, guardar aquele papel impresso num cartão e esperar para se deliciar no vôo, que te dava uma verdadeira refeição, com talheres verdadeiros (com tamanho menor) e com os emblemas da VASP, VARIG, TRansbrasil apenas. Voei de todas essas quando pequena com meus pais.

Hoje, você compra passagens pela internet, faz o checkin pelo celular e faz apenas um lanche rápido no avião. Claro que existem viações que se diferenciam pelo quesito lanche. Não posso deixar de citar isso.

Eduardo termina nossa reunião fazendo um apelo a todos, o mesmo que fez na imprensa dias atrás, fornecendo três fatores principais geradores de stress no aeroporto, a fim de evitá-los e agilizar os atendimentos para todos nós:

1. Tenha certeza de portar os documentos das crianças ao embarcar (não se embarca sem documento, nem mesmo as crianças);
2. Façam webcheckin (evita filas nos ckeckins dos aeroportos. Se você não tem bagagem para despachar, vai direto pro embarque e se você tem, enfrenta apenas uma fila separada para despachar a bagagem);
3. Verifique que sua mala está dentro do peso permitido e que ela não está quebrada (e isso você pode fazer usando as informações que eu dou, acerca da balança aqui).

foto de Eduardo Ogata