Viagem internacional? Não se esqueça do Tax Free! Os visitantes em países estrangeiros e que não pertencem à união Européia podem obter o reembolso do IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado) sobre as compras efetuadas e transportadas na sua bagagem pessoal. Parece que apenas os particulares podem ter acesso a este reembolso. Isso se dá por meio do “Tax Free”, um sistema de devolução de impostos embutidos nos valores dos produtos comprados.
Eu não consegui achar a tabela na internet para disponibilizar aqui, mas olhe o exemplo hipotético: se eu tivesse comprado 30 euros, minha irmã 100, minha mãe 60, por exemplo, na mesma loja. Em vez de pegar meu tax free separado delas, eu pedia que juntasse e somassem os valores e me colocassem na tabela a maior. Em vez de pegar os 6% com 30 euros, eu pegaria os 20% com 190 euros (não me recordo da porcentagem correta, estou apenas exemplificando para facilitar o entendimento). Pode até ser que isso não seja aceito em alguma loja que retorna o tax free, mas conosco ninguém questionou isso no aeroporto de Lisboa no dia.
Quando o funcionário da loja for fazer as somas e colocar no papel, confira se está certo, pois duas de nossas notas estavam com a soma errada e não tínhamos tempo na hora de ver como verificar. E a pessoa que nos atende na fila de reembolso não quis aceitar. Essas notas nós deixamos dentro do envelope e colocamos na caixa de correio para reembolso posterior no cartão de crédito e verificação em Junho de 2012 (e deu certo pois o reembolso saiu na fatura deste mês de Agosto de 2012).
Enfim, e o que fazer depois de juntar todas as notas e os formulários que as lojas de tax free fornecem?
Somente no dia da sua viagem de retorno ao Brasil é que você conseguirá trocar as notas, na saída da União Européia, no aeroporto.
Na minha viagem de volta eu saía de Berlim num dia e chegava a Lisboa, dormia em Lisboa na conexão e saía de Lisboa para o Rio no dia seguinte. Não consegui trocar em Berlim, somente em Lisboa no dia.
É demorado, tem pelo menos duas filas pra você enfrentar. Uma delas é a da alfândega. E a outra a do reembolso. Na alfândega de Lisboa tinha uma funcionária só. Ela olhava cada produto comprado se tinha mesmo sido comprado e só carimbava os papéis depois de conferir tudo.
No nosso caso, não sabíamos disso e despachamos boa parte de coisas que estavam constando das notas. Avisamos isso na hora e ela olhou as notas no geral e permitiu que passássemos, carimbou nossas notas, mas não garanto que tenhamos a mesma “sorte” numa outra vez, nem que você a tenha. Ela disse que olhou as lojas em que fizemos compras (porque conseguimos MUITAS NOTAS) e olhou algumas das coisas que estavam em nossas mãos e na bagagem de mão e acreditou (e era verdade) que havíamos comprado aquilo tudo.
Depois é enfrentar outra fila para que eles confiram uma a uma as notas e os valores direitinho e ali você escolhe se quer receber em dinheiro em euro, na hora ou no cartão de crédito.
Antes de ir pra essa fila ou enquanto está na primeira, preencha todos os dados corretamente, endereço, nome e número do cartão de crédito se quiser o reembolso pelo cartão.
Nós optamos pelo reembolso em moeda, na hora. Não teve desconto nenhum por isso nas vias azuis. Mas descobrimos que havia uma terceira fila para o caso de outro tipo de via, as amarelas.
Não sabíamos que existia diferença e essa cabine é mais próxima do caminho para o embarque. Nessa, se você preferir reembolso em dinheiro eles descontam um valor. Eu deveria ter colocado o cartão, não confiei. Da próxima vez confio. Já vi que realmente funciona.
Houve reembolso que recebemos e foi de 25%! Ou seja, recebemos 25% do valor pago, de volta! Vale muito à pena.
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ATUALIZAÇÃO 16/10/2012 – Já tem um mês mais ou menos que o tax free que ficou pra chegar no cartão e que eu coloquei na caixinha porque tinha dado “problema” na hora e teriam que avaliar depois, chegou direitinho devolvido no cartão de crédito.
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fonte da foto: http://www.telanon.info/economia/2010/01/04/2437/1-euro-equivale-a-24500-dobras/