Conforme eu disse nesse post (o qual dou dicas sobre o que fazer em caso de terremoto), aproveitei uma noite em Pádua e vou contar o que eu vi para fazer de interessante lá.
Primeiro que eu achei a cidade ótima e passaria mais tempo lá, caso pudesse. Não achei uma cidade muito grande e eu fiz tudo a pé, numa boa. Ou de tram. Tram é um meio de transporte que é como um trem que anda pela cidade, tipo assim, no meio da rua, como um bonde. Você tem a opção de ônibus também, vi ônibus passarem mas nós nem usamos.
Percebi muitas pessoas andando de bicicleta e vi o tram passando sempre. Já digo logo que na Itália (e na Alemanha também) você deve ir numa tabacaria, ou banca de revistas ou até mesmo numa papelaria comprar o ticket do tram ou do ônibus, pois quando você entra nele é só validar. Não é igual aqui que vc entra e paga, não. Inclusive, você não terá como pagar dentro do transporte.
Daí você entra e pensa que é espertinho sem pagar e um fiscal vem e te multa e você tem que pagar um valor bem alto, então não dê uma de espertinho. Eu não sabia disso, então entramos algumas vezes, até mesmo porque não sabíamos ou não nos lembramos, mas aí tivemos que descer.Na Alemanha, eu comprei um ticket que, ele sozinho, valia para três dias no metrô e no ônibus. Talvez isso exista em algumas cidades da Itália, não sei, mas a dica é: compre seu ticket e entre no transporte depois, já validando. Olha o site do tram de Padova.
Nós saímos de Bolonha de trem e chegamos a Pádua num horário final do dia, mas como era primavera, ou seja, Maio, anoitecia só às dez da noite.
Leve isso em consideração quando for passear pela Europa, acabou sendo proveitoso ir para Pádua, tendo em vista o horário ainda possibilitar um passeio agradável pelas ruas.
Não pudemos pesquisar nada. Decidimos isso em cima da hora e não sabíamos bem o que a cidade poderia ter a oferecer. Então foi bem interessante. Fomos chegando na estação e andando pela cidade “sem rumo”, procurando a igreja de Santo Antonio de Pádua e o hotel, no qual tínhamos feito a reserva.
Escolhemos um hotel que ficaria perto da igreja, já que era a atração maior da cidade e queríamos visitar e tínhamos pouquíssimo tempo para aproveitar ali.
Quando for escolher hospedagem nas cidades, leve isso em consideração, qual o seu objetivo lá? Olhe o post que eu fiz explicando e dando dicas de como escolher a sua hospedagem.
Da Estação, siga em linha reta, pelo corredor formado pelas vias: Corso del Popolo e sua continuação Corso Giuseppe Garibaldi, até chegar ao Centro Histórico e depois à grande área denominada Prato della Valle.
Quando chegamos ali foi lindo. A Praça é linda demais, considerada uma das maiores praças da Europa, com 90 mil meros quadrados. Foi projetada por Andrea Memmo, no século 18. Muito grande e tiramos muitas fotos no entardecer. A praça tem formato de uma elipse, com um jardim central cercado por uma vala, que é margeada por 78 estátuas representativas de cidadãos famosos de Pádua. O famoso escultor Antonio Canova produziu um dos seus primeiros trabalhos para esta praça.
Avistamos uma igreja e animadíssimos fomos correndo para tirar mil fotos e descobrir que.. não era a Igreja de Santo Antônio de Pádua, mas a Basílica de Santa Justina (Giustina) e é claro que, àquela hora da noite (mesmo ainda sendo dia), estava fechada. Ficamos desapontados e perdidos, mas acabamos descobrindo o caminho para continuarmos até chegar à Basílica correta e ao hotel.
Daí, entre na via Belludi até a Piazza del Santo. Nesta praça fica a igreja de Santo Antonio de Pádua e o Hotel Casa del Pellegrino, no qual me hospedei fica ali mesmo. Ao longo deste percurso e entorno estão as principais atrações de Pádua. São cerca de 2 km de caminhada. Nesse caminho fui vendo a cidade, as pessoas andando de bicicleta e me divertindo.
Neste hotel aconteceu uma coisa muito comum na Europa, não havia café da manhã incluso, mas pagamos 5 euros e pudemos tomar o café no restaurante ao lado do hotel, contíguo. O café da manhã era muito bom e com muita variedade. No mesmo restaurante nós jantamos uma massa, na noite anterior. Reserve o hotel Casa del Pellegrino aqui e dê comissão pro blog, sem pagar nada a mais por isso.
A cidade onde viveu, morreu e foi sepultado Santo Antonio de Pádua (1195-1231). Pádua possui umas das mais antigas universidades do mundo (1222), a terceira na Itália e sétima no mundo, anterior a de Bolonha. Este centro de ensino atraiu pensadores e artistas famosos para a cidade como Giotto, Mantegna e Donatello. A lista de professores e alunos ilustres é longa. Galileu foi professor de matemática em Pádua. Entre os tesouros de Pádua destaca-se a obra prima de Giotto – aCappela degli Scrovegni e seus afrescos, artista que influenciou Leonardo Da Vinci. Lembra de outras obras de Giotto em Florença? O campanário da basílica Santa Maria di Fiore e os afrescos da igreja de Santa Croce. (informações do blog: http://antoniasantamaria.blogspot.com.br/2012/05/blog-italia-5-veneto-padua-e-verona.html, onde você consegue boas informações também).
Pádua fica a menos de 40 km de Veneza, pertinho mesmo, 20 minutos de trem. E foi por isso que dormimos lá, já que no dia seguinte iríamos para Veneza.
O site oficial de turismo da cidade é este: Turismo Padova.
Eu apenas visitei mesmo a Piazza del Santo com a Basília de Santo Antonio de Pádua e a Piazza Prato della Valle, com as estátuas. Andei de tram e dei uma volta pela cidade.
Atrações da cidade (indicações do blog da Antonia Santa Maria):
- Na Arena Romana/ Piazza Eremitani – Capella Degli Scrovegni. Lindíssima, mas eu nem sabia e não visite. Faça a reserva antecipadamente aqui.
- Palazzo Zuckermann
- Chiesa degli Eremitani
- Musei Civici agli Eremitani
- Palazzo del Bò
- Palácio della Ragione
- O edifício do Caffé Pedrocchi
- Basilica Di Sant’Antonio di Padova
- Basílica di Santa Giustina
- Prato della Valle com as estátuas.
Eu conto sobre como foi o terremoto neste post. Lá não é uma região em que terremotos costumam acontecer, não é uma região de balanço de placas tectônicas nem nada disso. Mas foi a experiência que passamos.
No final deu tudo certo, apenas dormimos um pouco menos, mas visitamos tudo que deu em Pádua. Gostaria de voltar. Fomos para lá, porque nossa avó disse que nossa família provinha desta cidade. Acabamos descobrindo, depois, quando tiramos nossa cidadania, que nossa família provém de Vicenza.