Punta Del este e Casa Pueblo – Citytour com “Brasileiros no Uruguai”

De Montevidéo a Punta Del este são cerca de 260 km, então vale muito à pena pagar um passeio com tudo incluso, assim você conhece os locais com um guia especializado e passa por vários pontos interessantes, inclusive no caminho. E eu escolhi e fui convidada por um site de brasileiros que moram no Uruguai. E super indico o serviço deles. Bem profissional, cortês, rápido e confiável. Fiz as transações todas por email e deu tudo certinho.

Essa segurança é super necessária para quem está num país diferente contratando serviços. E Agora o Brasileiros no Uruguai é um parceiro do blog Descortinando horizontes, confiando em meu trabalho e me convidando a conhecer seus serviços.

Também acho interessante fazer apenas esse bate e volta para Punta del este, contratando um passeio, principalmente se você não estiver num dos meses do verão (de dezembro a março). Isso porque Punta fica deserta. Eu também não sabia disso. Assim, você consegue pelo menos visitar o local, ver como é, dar uma passeada, conhecer um cassino (que é permitido e legalizado no país, diferente do que ocorre no Brasil) e tirar fotos no Monumento dos dedos, que virou marca registrada da cidade. Já conto a história dele.

Esse passeio é imperdível. Nós visitamos muitos lugares interessantes num só dia. O nome do passeio é City tour em Punta Del Este, apesar de abranger outras cidades pelo caminho.

Punta del Este é chique, um balneário do Uruguai onde muitos ricos possuem casa de praia. Muitos mesmo, do tipo, pessoas do mundo todo. A guia chegou a dar porcentagem de casas vendidas para cada país e o Brasil está dentro da estatística. Ela citou Chiquinho Escarpa, que desde  há alguns anos costuma fazer altas festas, para as quais convida pessoas do mundo todo, já tendo trazido de jato particular atores famosos da Europa, por exemplo.

E realmente posso dizer que você encontra lindas casas e muito chiques por lá, com uma particularidade: é proibido cercar a casa… isso mesmo. As casas tem que ficar livres. E a cidade parece bem pacata mesmo. Estive lá em abril de 2014. Quem cerca a casa tem que pagar algum imposto ou algo do tipo, por ano.

As casas são tão chiques e bonitas que imagino que se você for duas vezes passear por lá verá casas sempre diferentes, isso porque eles gostam de trocar os telhados de vez em quando, senão uma vez por ano, e inovam colocando telhados super diferentes. Também reparei na arquitetura de muitas casas e prédios de luxo na cidade e também em Montevidéo. Eu não entendo tanto assim de arquitetura, mas achei que os profissionais da área vão gostar de conhecer o local, pois vi muita coisa diferente e interessante. Não é um lugar de mesmices, com casas e prédios padrões. Tudo é muito diversificado e diferente mesmo.

As casas ficam fechadas a  maior parte do ano. Você passa de ônibus (outra vantagem de ir de excursão é que o ônibus passa te mostrando o geral da cidade, que com certeza, você não conheceria se fosse por conta própria) e vê as janelas cerradas e tudo deserto mesmo. E achei interessante que nem estava tão frio assim (para mim pelo menos), com um dia gostoso de sol e ninguém na praia… nem em Montevidéo. Se fosse no Brasil, as praias estariam sempre cheias, pois são bonitas e tranquilas. Mas em Punta, ninguém. Não só não tem ninguém na maioria das casas, como o comércio fecha, quase tudo fica fechado mesmo fora da temporada do verão, que vai de dezembro a março de cada ano.

O city tour em questão tem início de Montevidéo e percorre toda a Rambla , a avenida que rodeia a cidade e de frente para o Rio da Prata, de água doce. As ramblas são para os uruguaios como o calçadão da nossa Praia da Costa, em Vila Velha. É um lugar gostoso, onde muitos fazem exercícios diariamente, com uma praia de areia branquinha. O Rio é tão largo que não se vê a margem do outro lado e fica parecendo um grande mar.

A guia era muito boa, além de ser uma ótima pessoa, explicou muitas coisas interessantes para nós.

Agora vamos viajar um pouquinho (leve seu travesseirinho ou um livro) e em pouco tempo chegamos a Piriápolis. Olha nosso trajeto até Punta del Este abaixo.

Parando em Piriápolis, você tem a igrejinha de Santo Antonio e sua vista linda e panorâmica do Rio da Prata. Essa cidade foi fundada em 1890 por Francisco Piria e daí vem o seu nome.

Ali você pode andar de teleférico (eu queria, mas não deu tempo). Um teleférico bem antiguinho hein! E tirar fotos lindas com a vista, a igrejinha e comprar lembrancinhas da cidade e das cidades próximas. Ali achei presentinhos ótimos para a família.

E sempre comprando uma garrafinha d´água que anda comigo durante meus passeios, para estar sempre hidratada.

Seguindo o passeio fomos até a famosa e maravilhosa Casa Pueblo, em Punta Ballena, onde podemos visitar os atelier do artista Carlos Paez Vilaró. Com estilo semelhante às casas na costa de Santorini na Grécia, eu sempre vi nas fotos e achei a coisa mais linda. Pessoalmente é um sonho visitar a Casa Pueblo e ver por toda parte obras, esculturas e pinturas do artista. A gente pode comprar e tem as réplicas em quadrinhos e de várias formas. Já aviso que são caras. Em um dado momento eu entrei na parte da lojinha e vi $180 num quadrinho e toda feliz separei. Separei várias coisinhas e quando fui pagar era dólar e não peso uruguaio. Toda desanimada e triste eu tive que devolver tudo, pois o meu orçamento não permitia tudo isso 🙁 e fiquei apenas com um ímã de geladeira com uma réplica de sua pintura, lindo, que me custou uns R$40,00.

Dali apreciamos também uma das mais belas vistas de Punta Del Este. Ele morreu (faz pouquíssimo tempo, quem dera ter passado ali e tê-lo visto trabalhar e tirar uma foto com ele) trabalhando em casa. E agora uma parte da casa é um museu, cheio de labirintos. Ele também construiu um hotel ali.

O interessante foi saber que o seu filho, Carlos Miguel foi um dos dezesseis uruguaios sobreviventes do acidente aéreo da Força Uruguaia, Vôo 571, que caiu nos Andes em outubro de 1972. Existe um filme sobre esse acidente, no qual os sobreviventes tem que escolher comer seus amigos já que não há comida em meio à neve onde caíram. Eu já vi esse filme impressionante há muitos anos e quando soube que visitei a casa do pai do sobrevivente achei isso muito interessante.

O ingresso do museu é à parte e custou R$20,00 agora final de abril de 2014 e sim, eles aceitam real (e vale à pena levar real).

E fiz questão de tirar foto até mesmo das paredes do banheiro. Ele não deixou nada sem um toque da sua arte.

Somente agora seguimos para Punta del Este, onde o Rio da Prata encontra o oceano. Punta é a maior parte do tempo vazia. Somente enche no verão, de dezembro a início de março. Então, agora em Abril, vimos muitas casas lindas e fechadas. O bom foi que o ônibus passou por toda a cidade mostrando as casas dos famosos e assim pudemos ver como a cidade é. Se houvesse ido por conta própria, com certeza não veria tudo que vi.

Lá os cassinos são liberados e eu experimentei jogar 150 pesos. Ganhei 183 e voltei a ter 150 e parei. Mas dá pra ver pessoas jogando com 7 mil dólares na telinha, mais idosos. É incrível como o jogo vicia as pessoas. Não quis ficar testando mais lá dentro para não torrar dinheiro à toa.

Achei o lugar bastante seguro e tranquilo, bem diferente de andar pelas ruas de Buenos Aires. Aliás,  Montevidéo também é assim, super tranquila. Não andávamos estressadas e preocupadas. Até deixamos nossos sapatos bem longe enquanto tirávamos todas as fotos.

Agora a gente pode almoçar e eu experimentei um chivito, que nada mais é do que um hamburguer de carne aberto com ovo bem gorduroso com batatas fritas de acompanhamento.

Nossa volta pra casa foi bem tranquila com lindas fotos e fazendo amizade com as cariocas.

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