Já fui assistir ao filme “Sal da Terra” que narra a vida de Sebastião Salgado e fiquei impressionada com as fotografias e com a beleza do filme.
Ele foi indicado ao Oscar de 2015 como documentário e é dirigido pelo filho de Sebastião, Juliano Ribeiro Salgado e pelo diretor alemão Win Wenders, resgatando a carreira de um dos maiores fotógrafos da atualidade. Não apenas fotógrafo, mas alguém que presenciou a humanidade em condições de crise, vivenciou fatos importantes da história da humanidade nos lugares mais longínquos possíveis e ele estava lá enquanto a história estava sendo feita, fotografando.
Numa entrevista que li no jornal Metro na data de 09/04/15, Juliano diz que seu pai apenas participou da escolha das fotos que representavam os momentos. Ele conta que foi difícil editar o filme com o diretor alemão tão premiado. Isso porque o faziam cada hora um e depois quando o outro via, acabava não gostando. Por fim, fizeram o trabalho juntos, viraram amigos e deu super certo a partir de então.
O filme é fascinante porque conta uma vida muito interessante que foi a do Sebastião e da paciência e perseverança de sua esposa Lélia. Os filhos crescendo longe do pai, que estava cada hora numa viagem a ligares incríveis, vivenciando a vida dos nativos locais, como na África e na América do Sul. Ele levava anos vivendo junto e assim captava a essência das pessoas e suas fotos trazem sentimento, revelação, muita emoção.
Depois, quando ele se aventurou a fotografar a natureza, que lindas fotos que apareceram. Que bom que ele tomou essa decisão de modificar, naquele momento o direcionamento de suas fotos, pois elas realmente vieram lindas.
O filme é denso e cheio de vida, as fotos, perfeitas. E o mais interessante é ele não apenas passar e fotografar, mas viver as situações e momentos, que com certeza ficaram impressos em sua história de vida. Isso me impressionou muito. Viver dessa forma, realmente um dom.
Visitei o Instituto Terra em Aimorés, que é a conclusão de uma vida de buscas. Ele teve a ousadia de reflorestar com a mata atlântico o local e conseguiu ótimos resultados, virando o Instituto, que é aberto à visita. No filme, é falado como foi a idéia de chegar lá e de construir e reconstruir o local. Além de ter exposição de fotos dele.
Eu recomendo ver este filme/documentário. Toca na alma.
O filme é em francês.